Ciência e política têm de se entender sobre crise climática
Temos de desenhar estruturas não eleitas, orientadas por legislação específica e blindadas contra desmontes.
O Curso de Formação Política é gratuito e com vagas limitadas. É promovido e tem curadoria de Tatiana Roque, professora da UFRJ no Programa de Pós-Graduação em Filosofia do IFCS e no Instituto de Matemática e vereadora eleita do Rio de Janeiro.
Quero ser uma voz contra os retrocessos e as ameaças da extrema-direita. Defendo a educação, a ciência e a tecnologia para transformar o Rio numa cidade mais democrática e igualitária.
Sou professora titular do Instituto de Matemática da UFRJ e vereadora eleita do Rio de Janeiro pelo PSB, com 16.957 votos. Atuo em programas de formação de professores há 20 anos. Meu livro História da Matemática foi um dos vencedores do Prêmio Jabuti. Em 2021, publiquei O dia em que voltamos de Marte, também finalista do Prêmio Jabuti. Analiso a relação entre a ciência e a política, apontando caminhos para combatermos as mudanças climáticas aqui na Terra.
Fui presidente do sindicato dos professores da UFRJ, a ADUFRJ, onde implementei instrumentos de democratização das decisões da entidade e liderei lutas em defesa da educação e da pesquisa, como a campanha “Conhecimento Sem Cortes”. Ainda na universidade, coordenei o Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. Sou vice-presidente da Rede Brasileira de Renda Básica, organização que reúne pesquisadores, políticos e ativistas que vêem a Renda Básica como instrumento de combate às desigualdades.
Em 2022, fui candidata a deputada federal e obtive 30.764 votos no Estado do RJ, tornando-me a primeira suplente do PSB-RJ.
Em fevereiro de 2023, assumi a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia da cidade do Rio de Janeiro, a convite do prefeito Eduardo Paes, tornando-me a primeira mulher a ocupar tal cargo. Durante os 14 meses de gestão, implementei ações de inclusão digital, popularização da ciência e qualificação profissional. Ampliei o projeto das Naves do Conhecimento de 9 para mais de 40 espaços públicos, com a abertura de novas unidades e a criação das Naves Satélite e das Navezinhas Cariocas. Fiz parcerias entre as universidades e a prefeitura, Também institui o Prêmio Elisa Frota Pessoa para mulheres na ciência e o Programa Jovem Cientistas Cariocas, que oferece bolsas a estudantes universitários para atuar nos equipamentos da prefeitura ajudando a resolver os problemas da cidade. Assinei um convênio com a ABDI para criar um hub de inovação em Inteligência Artificial, no Porto Maravalley, para fomentar empresas de egressos de universidades.
Sou candidata a vereadora para ampliar esses projetos. Também para atuar na preparação da cidade para as mudanças climáticas e na defesa dos direitos das mulheres. Vejam minhas propostas por tema. Peço o seu voto para termos uma professora, cientista, mulher na Câmara dos Vereadores. Vote Tatiana Roque 40123.
Temos de desenhar estruturas não eleitas, orientadas por legislação específica e blindadas contra desmontes.
Formação para a pesquisa deve ser complementada por qualificações voltadas para o novo mundo do trabalho.
É preciso enraizar na sociedade, sobretudo nos jovens, o senso da urgência.
Nos acalorados debates envolvendo a ciência, têm surgido alertas lembrando que o fazer científico lida com dúvidas e controvérsias — e não apenas com verdades definitivas.
O ano de 2022 será emblemático para o país. O motivo óbvio é que teremos eleições em meio à celebração do Bicentenário da Independência. Em 1922, a proximidade das comemorações do centenário levou parte da intelectualidade a repensar os rumos da República e sugerir caminhos para um Brasil moderno.
A pandemia colocou em xeque o papel exercido pelos intermediadores da ciência com a política.
Compreender os fatores que culminaram na decisão de vários governantes de voltar às ruas antes do tempo recomendado para enfrentar a pandemia do coronavírus demanda uma análise cuidadosa.
A vitória de Jair Bolsonaro é o desfecho trágico de uma crise que envolve diferentes temporalidades e espectros políticos. Tudo começou com as manifestações de junho de 2013, seguidas pelo golpe contra Dilma Rousseff em 2016 e, finalmente, a eleição de Bolsonaro em 2018.
Como fazer frente ao ceticismo que atinge a ciência e a política?